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23 de maio de 2010

Sentir ou não sentir...

Há algum tempo venho refletindo muito sobre humor, "estado de espírito", vontade, opiniões e... emoções...
Fico pensando: até que ponto podemos viver sem sentir e ao mesmo tempo o quão dependente disso nós somos?

A conclusão? Espere... tudo a seu tempo =P

Um filme que me ajudou muito a refletir sobre tais assuntos fora "Equilibrium", recomendo a todos (não somente pelas cenas bem feitas de ação, mas pela ideia contida no filme). Ele mostra uma sociedade que não sente, totalmente indiferente, sem atitudes controladas pelo sentimento nem vontades, nem prazeres.

Certo, mas esse blog não é para fazer críticas sobre filmes, então por que falar dele?

Pois bem, nosso momento "cinema em casa" acaba aqui. Que a discussão tenha início!

Resumindo boa parte das reflexões... emoção... o que isso te lembra?
Amor?
Raiva?
Tristeza?
Felicidade?
Prazer?

O quão dependente disso é o ser humano?
Penso eu, que para ser humano, você deva ser inteiramente dependente x]

Se não houver todas essas emoções contidas na sua vida, na sua história, então humano você não deve ser...

Muito já foi dito sobre o amor, muitas já foram as histórias envolvendo a raiva.
Grande foram as artes e resultados da tristeza. Tudo que fazemos é almejando a felicidade, um bem estar, tudo para ter algum prazer...

Certo... eu já digitei e digitei mas... aonde quero chegar?

Pois bem... o que aconteceria se não houvessem esses sentimentos?
Pelo que eu afirmei acima, então você não seria humano... mas o que, afinal, representa ser humano?

Pense sobre toda a história de nossa raça, sobre todas as coisas perturbadas, horríveis já feitas...
Pense em todo poder destrutivo de nossas emoções e em toda falta de RAZÃO que ela proporciona...

Razão... pensamento... lógica... inteligência... raciocínio...
Algo relacionado a essas cinco coisas tem a ver com emoção?

Eu digo que não... e quando tem a ver, é totalmente deturpada, ou seja, some...
Quantas atitudes você já não teve por causa de um impulso e depois se arrependeu ou pelo menos viu que não era o melhor a se fazer? Quantas vezes um sentimento de amor não te causou tristeza ou raiva? Quantas vezes uma felicidade não se tornou o pior dos pesadelos? Quantas vezes a tristeza poderia ter sido evitada pelo pensamento?

Afinal... para que precisamos de emoções? Para que felicidade se depois há tristeza? Para que almejar o amor se isso nos torna cegos em relação a muitas coisas, se isso nos torna fracos e pouco racionais? Para que abdicar da razão e da lógica para sermos emocionais e impulsivos?

Ah claro... você deve estar pensando "sejamos comedidos, um pouco de cada, seja um intermediário"...

Mas isso é algo impossível caro leitor... não há razão que supere a emoção, quando está é forte o suficiente...

Sejamos racionais, sejamos fortes perante a esse impulso humano de sentir.
Sejamos indiferentes a vontades animais e instintivas de nossa alma.
Abdiquemos de nosso "humor" para alcançarmos o pensamento puro.
Tenhamos todo o controle de nossas ações, baseando-as em puras possibilidades e alternativas...
Usemos o "caos do sentimento" a nosso favor, moldando-o conforme quisermos e analisando as diferentes "emoções" como apenas resultados de equações formadas por nós.

"Que absurdo!" Esse deve ser o pensamento de muitos que lêem isto agora, mas eu não direciono minhas palavras a seres emocionais e inclinados a todo esse veneno humano. Direciono essas palavras a quem quer pensar, quer racionalizar e entender! Direciono a pensadores, perdidos ou mesmo desiludidos.

Muitos procuram Deus para se apoiar em momentos difíceis, muitos procuram o sobrenatural para apoiar sua vida mundana... Basta!!
Pense leitor, pense!

Se sujeite a essa "emoção" que agora se chama razão!!
Pare de procurar soluções místicas ou infernos e paraísos!!
Procure a si mesmo, transcenda sua inutilidade mortal e animal, transcenda sua vontade humana e inferior.

Pense!

Você não precisa de um Deus, de espíritos, de religiões, de cultos, de amor, de ternura.
Você não precisa de prazeres, de tristezas, de raiva, de emoção...

Você não precisa de nada além de você mesmo, de nada além do seu próprio pensamento e da evolução que isso nos traz... é claro... não precisa a menos que seja humano...

Então aqui fica meu pensamento de hoje... Sentir ou não sentir? Ser humano ou não?

Transcender... evoluir... ou sentir???

Escolha... ser humano... ou algo mais?

21 comentários:

  1. Arrepiei...
    é o que eu tenho a dizer.
    Completamente insano, racional.

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  2. existe a religiosidade do senso comum...
    e existe algo tão forte e intenso.....q transborda em algo q acho q seja amor, e que seja Deus em mim, e nas pessoas as quais só o fato de contempla las, eu me sinto livre.

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  3. esse texto foi motivado por um sentimento ;) UHASUDHAUSDHAUSHDASD

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  4. Sim foi... pois sem o sentimento, como você pode nega-lo? O intuito não é dizer que nunca senti na vida, mas que optei por superar essas ideias mundanas e emoções descartáveis. Fora sim motivado por um sentimento, mas escrito com pura razão x]
    E tem por objetivo mostrar que a razão é o que importa e o sentimento é desnecessário.

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  5. Biel, detonou de novo.
    Pra variar lol.
    Essa porra toda eh a mais pura fração racional do sentimento, a parte que você sabe o que ta pegando, a parte que você conssegue interpretar, ou sabe de onde veio.
    Mas como você disse, o "Caos do sentimento", é complexo, o bastante pra ser caótico.
    Pessoas consseguem fazer coisas fora de um padrão por serem diferentes, ou pessoas são iguais e indiferentes quando se trata das diferenças no padrão?
    deu pra entender?
    caralho vo tentar de outro jeito, vamo la...
    Seguinte: Você (qualquer um que se encaixe aqui), não é um humano qualquer, por que você raciocina, você tem raízes na tua opnião, você aprendeu a filosofar com o martelo, você aprendeu a agir em sociedade, você tem o ego e o destino apontados pra frente, vivendo e progredindo, mas você é completamente apaixonado por alguem dissimulado, que simplesmente sente prazer em ser avesso as suas opniões, essa pessoa te faz mal e te faz contradizer teus próprios princípios, você se martiriza, você abre mão da razão, você planta algo que nao quer colher, e quando colhe, se arrepende, mas repete.
    Explica?
    Não, não dá, por que o ser humano eh um complexo, uma sindrome, um conjunto de regras e excessões, ações e reações, sinais e sintomas, certezas figurativas e prováveis contundencias.
    É chato, mas agente ta aqui pra aprender, e ninguem aprende direito sem levar uns tapas.
    Até me perdi no que ia dizer, depois eu leio de novo e comento o vol.2
    bjos mano, ficou foda.

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  6. fiquei sem palavras, ...falar de sentimento usando a razão realemente fez com que o pot ficasse fodastico...

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  7. Ser humano, antes de mais nada, não é uma escolha. Nascemos assim e estamos sujeitos às limitações humanas (Que, na minha opinião, ainda estamos bem longe de descobrir)

    A presença de emoção é uma dessas limitações, intrínseca à condição de ser humano.
    Controlar as demonstrações de emoção é perfeitamente possível, visto que são apenas reflexos físicos das sensações... lágrimas, sorrisos, palavras e expressões podem ser completamente moldadas.

    Já a emoção em si, sempre estará presente no ser humano, mais ou menos aparente (para o mundo e para o próprio ser que sente), de acordo com o grau de controle que a pessoa desenvolveu ao longo dos anos.

    A emoção humana é então, certamente "administrável", e a influência dela em nossas escolhas, pode sim ser reduzida a algo bem próximo do zero.

    Mas como todo bom conhecedor de Exatas, você sabe que existe uma infinita diferença entre isto e o "ZERO", de fato...
    ;)

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  8. Nando, não diria uma infinita diferença
    mas sim, HÁ uma diferença

    porém, o que importa, não é aniquilar tudo, e sim racionalizar tudo

    vc não vai eliminar as emoções simplemente dando "um delete" nelas
    mas vai racionalizar, tranformando-as em razão

    se quiser chamar de um tipo diferente de "emoção" fica a seu cargo, mas o que importa é que somente a razão manda, você não seria mais controlado por impulsos ou por vontades que não fossem motivadas por algo racional (como o caso que o potter falou, algo que te faz mal, mas vc quer mais e mais)

    resumindo, "emoção racionalizada?" "emoção racional?" escolha alguma definição para o que eu tento simplesmente mostrar como razão x]

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  9. Muito bem dito, Elfo.

    Emoções são inerentes a todo animal. O que nos diferencia do pobre vira-latas ali na esquina morrendo de frio é o que chamamos de consciência. Mas que porra é essa afinal? Para encurtar uma longa resposta, é aquilo que faz você filtrar suas emoções antes de agir.

    E é bem assim que tem que ser mesmo. Quanto mais trabalhamos nosso intelecto, menos somos escravos dos nossos instintos animais. Traçando um paralelo, podemos observar o quanto as pessoas mais humildes, com menor acesso à educação são mais dependentes de novelas, cigarros, cerveja, futebol, sexo e de "Deus". Por que? Porque é instintivo buscar o prazer, o divertimento, e querer que alguém "por aí" - e não a pessoa em si - responda por seus atos e cuide pra que você tenha tudo do bom e do melhor. (Um parêntese: se Deus existir, ele deve estar muito puto com o desperdício de cérebro... eu estaria.)

    Mas é isso. O objetivo não é aniquilar as emoções e ser sensível como uma porta, e sim usar essa porra que tem entre as orelhas para algo mais útil do que boiar na água. :)

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  10. Pegou o espírito da coisa Bruno x]
    Mas... não que deva ser sensível como uma porta... mas acho que deva-se aniquilar os sentimentos como conhecemos, e transforma-los em puro raciocínio.
    eles estarão "lá" mas de um modo completamente diferente do qual nós estamos habituados

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  11. Muito foda esse post, mas engraçado, a impressão que tenho é que é puro sentimento...
    Acho que até pode tentar negar, mas nunca deixar de sentir, pode substituir, mas deixar de sentir é como deixar de viver... deixar de ter amigos, deixar de sorrir... Pode até tentar deixar de sofrer, escollher um estilo ou uma filosofia de vida, mas tudo, tudo de alguma forma será movido por um tipo de sentimento... mesmo que usando a razão...
    um tanto controverso neh....
    Mas depois de quase uma vida tentando agir assim, hj simplesmente deixo... e sinto, o ar, as pessoas, a tristesa, o amor, a amizade... tentando conciliar, tentar usar o chamado "bom senso"... mas qual é o meu bom senso??? o seu??? o do próximo???
    Sei lá, apenas sei que no meio de tantas verdades, a minha não é a única, e posso aprender e mudar, ou não, com todas as outras _o/
    E como apenas procurar o raciocínio lógico nesse caos de desigualdade humana e racional? Como deixar de sentir ao ver o próximo na lama? Como deixar de se comover ao olhar em um olho de lágrimas?
    Como deixar de sorrir ao olhar o olho da amada?
    ...
    sei lá, simplesmente me deixo... se vou sentir ou não?
    o importante é viver o momento

    mais uma vez, muito foda esse post!!!

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  12. me fez pensar mais....
    acho que o maior exemplo é a música...

    não há nada tão racional e marcado como a música... mas o que é então o chamado feeling??

    e como racionalizar o que acontece ao fechar os olhos e simplesmente ouvir brahms ou bach, algo tão já marcado e escrito para qualquer um com conhecimento musical ler...

    e como explicar uma certa aptidão ou então facilidade de matemáticos e lógicos para com a música??? e enfim, o que nos faz de fato ouvir uma música???

    foda

    e frustrante, me fazendo a pensar que não há nada a não ser sentimentos... lógica no que não há lógica...

    e se todo mundo quer ser feliz, como pode haver tanta maldade no mundo??? Não acredito que em sua essência meus sentimentos e minhas emoções sejam tão diferentes do mundo, mas como encontrar explicação...

    Queria eu, que mesmo não acreditando nisso, pelo menos meio mundo pensasse assim....

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  13. Gabriel, você sugere que: "Usemos o "caos do sentimento" a nosso favor, moldando-o conforme quisermos e analisando as diferentes "emoções" como apenas resultados de equações formadas por nós."

    Racionalizar implica em imediatamente tolir qualquer sentimento, mesmo que seja a possibilidade de sentir. O vir-a-ser se resume num: poderia ser. Antes de mais nada é preciso que a emoção se manifeste, é preciso que você se permita sentir, implica em liberdade do ser. Caso contrário serão sempre pós-emoções, afinal de contas você racionaliza, entende, depois escolhe se "quer ou não" sentir. Até lá, já não há mais o brilho nos olhos e o fulgor no peito. Há uma emoção limpa, fria, calma, editada, pequena, raciconal... O sentir é deixar que o inexplicável se materialize num desejo interno... É dar liberdade para que você sinta a vida pulsando em você. Caro amigo, você pode controlar sua mente, suas ações, suas vontades, seus desejos... Sim, pode. Mas nunca, eu digo NUNCA vai impedir seu coração de bater mais forte quando gostar de alguém. E racionalizar demais cada atitude e cada palavra pode fazer essa pessoa se afastar, duvidar de você que só demonstra um lado frio. Que por fora se mostra uma rocha: linda, intrigante, maravilhosa... Mas impenetrável. Insensível.

    O sentimento não pode nem deve ser separado da razão. Deve ser controlado muitas vezes e medido em outras. Mas não existe apenas razão! Não diga que foi apenas racional Beethoven, aquele que compôs a Sonata ao Luar. A razão não pode explicar tudo. Muitas coisas não precisam de explicação, rótulo ou legenda.

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  14. Nietzsche refletiu sobre a manifestação passional que causa descontrole e a emoção que age favoravelmente no ser humano. Lembrando que uma não exclui a outra.
    Digo ainda que pode haver controle da emoção. Mas não pode haver apenas razão.



    "Em 1871,Nietzsche publicou O Nascimento da Tragédia. Nessa obra, considera Sócrates (470 ou 469 a.C.-399 a.C.) um "sedutor", por ter feito triunfar junto à juventude ateniense o mundo abstrato do pensamento. A tragédia grega, diz Nietzsche, depois de ter atingido sua perfeição pela reconciliação da "embriaguez e da forma", de Dioniso e Apolo, começou a declinar quando, aos poucos, foi invadida pelo racionalismo, sob a influência "decadente" de Sócrates. Assim, Nietzsche estabeleceu uma distinção entre o apolíneo e o dionisíaco: Apolo é o deus da clareza, da harmonia e da ordem; Dioniso, o deus da exuberância, da desordem e da música. Segundo Nietzsche, o apolíneo e o dionisíaco, complementares entre si, foram separados pela civilização. Nietzsche trata da Grécia antes da separação entre o trabalho manual e o intelectual, entre o cidadão e o político, entre o poeta e o filósofo, entre Eros e Logos. Para ele a Grécia socrática, a do Logos e da lógica, a da cidade-Estado, assinalou o fim da Grécia antiga e de sua força criadora. Nietzsche pergunta como, num povo amante da beleza, Sócrates pôde atrair os jovens com a dialética, isto é, uma nova forma de disputa (ágon), coisa tão querida pelos gregos. Nietzsche responde que isso aconteceu porque a existência grega já tinha perdido sua "bela imediatez", e tornou-se necessário que a vida ameaçada de dissolução lançasse mão de uma "razão tirânica", a fim de dominar os instintos contraditórios".

    "podemos denominar apolíneas as manifestações que expressem exatidão, harmonia, prudência, ilusão (como por exemplo, as artes plásticas) etc; e dionisíacas as manifestações que expressem desmedida, vibração, autenticidade (como, por exemplo, a música, o sofrimento, o sexo) entre outras"


    "No Prefácio para Richard Wagner presente em O nascimento da tragédia: ou helenismo e pessimismo Nietzsche nos diz “estar convencido de que a arte
    é a tarefa suprema e a atividade propriamente metafísica desta vida”. (NIETZSCHE, 1992,p. 26".

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  15. Sua visão limita qualquer entendimento sobre emoção e sentimento já que você os exclui como não interessantes, como inúteis.

    Nietzsche reflete sobre arte e seres humanos sem separá-los. Arte é senão uma manifestação que permeia nosso coletivo desde a existência. Que modificou a história da humanidade agindo ativamente ainda hoje na sociedade.

    Mas segundo você mesmo afirma, a arte é inútil. Logo, não há por que continuar esta minha reflexão.

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  16. "Até lá, já não há mais o brilho nos olhos e o fulgor no peito. Há uma emoção limpa, fria, calma, editada, pequena, raciconal... O sentir é deixar que o inexplicável se materialize num desejo interno... "

    A intenção é justamente essa... brilho nos olhos? Fulgor no peito? Pra que???

    O inexplicável nao deve ser permitido, ele é "desconhecido", os efeitos dele podem não ser úteis, e é isso que torna a humanidade o que ela é
    Você me diz da importancia dos sentimentos (como Bethoven e suas composições) mas pense em quantas atrocidades já não foram feitas por sentimentos?
    Por interesses que deixavam a emoção sobrepujar a razão.

    "Sua visão limita qualquer entendimento sobre emoção e sentimento já que você os exclui como não interessantes, como inúteis."

    pelo que bem entendi, a emoção não é pra ser entendida e sim sentida, então não vejo a limitação que eu emponho, o meu entendimento sobre os sentimentos e emoções já me mostraram o quão ruins eles são, o quão traiçoeiro é a felicidade e sentimentos relacionados.
    Quantas vezes você já não deixou com que uma "felicidade" escurecesse sua visão?
    Quantas vezes um amor, que era pra ser um lindo sentimento, te fez sofrer?

    "A razão não pode explicar tudo. Muitas coisas não precisam de explicação, rótulo ou legenda."

    TUDO precisa de uma explicação, e a razão pode sim explicar tudo, com o devido tempo...

    Se você aceita coisas sem saber o que realmente são, então não tenho muito mais o que falar sobre...

    E quanto a arte, não digo que ela é inútil... mas um monte de rabisco em um quadro "representando o sentimento do pintor" já é outra história.

    mas arte é sentimento, como posso, então, afirmar que não é inútil, depois de todo o texto?

    Eu não considero "arte" como sendo algo totalmente "emocional". E quando eu afirmo que a razão deve ser o que importa, e a emoção deve ser esquecida, eu não digo para que sejamos um amontoado de informações, mas para que as emoçoes como conhecemos sejam extinguidas, e a razão se torne o motivo de todas as coisas.

    como eu havia dito: "Se sujeite a essa "emoção" que agora se chama razão!!
    Pare de procurar soluções místicas ou infernos e paraísos!!
    Procure a si mesmo, transcenda sua inutilidade mortal e animal, transcenda sua vontade humana e inferior"

    transcenda a sua vontade humana, a razão é a nova "emoçao" se prefere chamar assim...

    mas entenda... não há nada de bom no sentimento que supere o mal que ela carrega.

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  17. Gabriel, vc fala das atrocidades cometidas em razão de sentimentos, mas são pequenas quando comparadas às maravilhosas outras coisas que ocorrem pela mesma razão... não existe o perfeito, o totalmente lógico sempre, o sempre racional.... Há coisas que nem a Física explica meu caro amigo... que ciência nenhuma explica... Vc já deve ter se apaixonado, e não há muitas vezes razão lógica para tal... Pq se apaixonar por aquela pessoa e não por outra? Tem vezes em que essa outra possa ser pelos padrões de beleza até mais bonita, talvez mais inteligente, igualmente agradável, interessante e simpática, enfim... mas vc prefere a que vc se apaixonou... pq? Pq seus sentimentos a escolheram por alguma razão.... Sentimento sem razão tb não eh nada bom... o matar por amor, o brigar e violentar por ciúmes, o se matar por Alá.... a razão não vive sem a emoção e vice-versa... um completa o outro... e a razão vence a emoção sim, exemplo: se vc eh uma pessoa racional e ama alguém e esse alguém te prejudicar, esse sentimento ficará prejudicado de alguma forma... poderá ser reestabelecido ou não, dependendo se a pessoa se arrepender, ou mesmo se a falha cometida por ela não seja assim tão grave e não se repetir mas mesmo assim, o medo da falha se repetir fará com que vc fique com o pé atrás... isso descartando pessoas que apanham do marido, falam que amam e não se separam mantendo essa situação, mas esse tb é um exemplo de emoção sem razão, o qual chamamos mtas vezes de sentimentos doentios... tudo que é demais, exagerado, faz mal... até o amor.... ou mesmo a razão... Bom acho que é isso, mas o texto ficou muito bom! Vc escreve muito bem!

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  18. "Se sujeite a essa "emoção" que agora se chama razão!!"


    "Então aqui fica meu pensamento de hoje... Sentir ou não sentir? Ser humano ou não?

    Transcender... evoluir... ou sentir???"



    Pequena contradição entre esses dois trechos (ou pelo menos uma brecha para uma interpretação contraditória), já que no final você dissocia completamente "sentir" de"evoluir".

    A História é movida por sentimentos, tanto em seus atos mais nobres como nos mais condenáveis.

    Você pode dizer "Estou falando da evolução individual do ser humano, e quanto aos fatos históricos, estaríamos bem melhor sem que a maioria deles tivesse acontecido."

    Mas aí paremos para pensar sobre o objetivo dessa "evolução individual": Viver eternamente? Cumprir objetivos que nos são designados, em um ciclo de sair e entrar desse mundo? Praticar atos nobres e visando o bem comum? Deixar um legado?

    Diferentes objetivos, de acordo com diferentes religiões e crenças, porém, todos contando com a presença de emoção.
    Desejar a vida eterna, ou o cumprimento de determinados objetivos implica desejar o fim dos tormentos dessa vida, para ascender a um plano superior, variando conforme a crença.

    Por outro lado, se a idéia de "evolução" de um indivíduo consiste em ser o melhor possível para a raça humana, ou para o planeta em geral, ou para o Universo, é uma idéia de evolução baseada em uma sensação de obrigação e satisfação perante outros seres.

    Quanto a viver para deixar um legado, puro e simples desejo de ser reconhecido, ou seja, orgulho.

    O que eu quero dizer é que, sim, concordo com a parte de "filtrar as emoções" e deixar que elas não façam nada além do seu papel.

    Mas rebaixá-las a um nível inferior não é a solução.
    O centro do alvo é um só, e não importa se você errou por ter empregado muita ou pouca força. O ideal é atingir o centro, certo?

    Do mesmo jeito, nem mais nem menos, a emoção tem papel determinante na evolução, tanto quanto a razão, constituindo essa dualidade justamente a tarefa mais difícil e recompensadora: encontrar o equilíbrio.

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  19. "Assim falou Zaratustra". Não precisamos de um Deus, de uma "salvação" quando aprendemos a nos superar. E superar-nos é exatamente ter um certo controle sobre os sentimentos, não completo porque a vida não teria graça, seria pura manipulação.

    Esse controle dos sentimentos é muito mais possível do que se imagina. Sendo o sentir psicológico, os sentimentos são flexíveis às nossas vontades. Basta apenas treinar a mente.

    Aliás, pensando assim, tem uma coisa que eu nunca entendi: o amor. Se tudo é psicológico (você não disse isso em seu texto mas é nisso que acredito) - ex.: a dor pode ser amenizada pela crença na ausência dela - como então dizer que o amor existe?

    O amor nada mais é do que um querer bem. E parece-me pretensão em demasia chamar todo querer bem de amor. O ódio também; classificado como antônimo de amor... ele não existe. É só um "não querer bem".

    Racionalizando o sentir percebemos o quanto podemos dominá-lo. E então é possível decidir se hoje sorriremos ou choraremos.

    Entretanto, não podemos negar a importância histórica do sentir. Raiva, avareza, inveja, orgulho: sem eles nenhuma guerra teria ocorrido. A Guerra de Tróia é um grande exemplo: segundo Homero, ela foi motivada pelo rapto de Helena.

    Além disso, Alberto Caeiro, heterônimo de Fernando Pessoa, pregava a importância do sentir, sendo o sensorial o mais importante para a vida. Não só o poeta, como muitos crêem na preponderância do sentir sobre a razão.

    Bem, o sentir é manipulável quando se tem uma mente racional. Mas aguçar os sentidos é de extrema importância para compreender a alma humana. Sentir, pois, mas com certa racionalidade. E assim, evoluir.

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  20. Então, sobre seu texto. (sei que estou chegando por aqui, mas...)
    O comentário ficou grande demais então, ganhou um espaço em outro lugar.
    http://zukampfen.blogspot.com/

    Espero que não se importe.
    Até

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