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30 de março de 2011

Se Ele existe, então...

Ao ler alguns textos e frases comecei a "traduzir" um certo pensamento na minha mente. Comecemos com as hipóteses:

Se Deus existe como é "sabido" então ele criou TUDO, sem exceção.
Seja Deus onipotente, onipresente e onisciente. Nada acontece sem que ele permita ou já saiba.

Agora, as consequências desses "fatos":

Deus criou o mal (diferente de uma propaganda veiculada de uma suposta frase de Einstein, onde ele afirma que a maldade existe quando não há bondade, o mal existe! Coisas ruins podem acontecer quando não se pratica o bem, nessa parte concordo com a afirmação acima, mas coisas ruins acontecem quando se quer fazer o mal! Certas atitudes e vontades SÃO malignas, é algo que existe no ser humano, a maldade é algo tão certo quanto a bondade) e com isso coisas ruins que acontecem são, por consequência, sua culpa.
Deus é onipotente e poderia evitar o mal que ele mesmo criou, mas não o faz (independente do que você venha a pensar como contra argumento só imagine que você tem a oportunidade de salvar alguém de algo ruim ou de ver o que iria acontecer só para que ela tivesse um aprendizado, digamos. O que faria?).
Por ser onipresente e onisciente, ele sabe de todo mal que acontece a todo instante e de todo o bem. Caímos na afirmação acima, acontece porque ele permite.
Seja ele tudo isso acima mas não impede que certas coisas aconteçam por termos o livre arbítrio, então deixa a nosso cargo fazermos o que queremos com nossas possibilidades dadas por ele. Mas, caso você seja mau, irá para o inferno e sofrerá. Logo se alguém sofrer por sua causa (coisa que ele permitiu) você irá para o inferno e sofrerá muito mais por conta disso (mas ele permitiu que você fizesse).
Você tem o bem e o mal dentro de você, porque deus te fez assim. Tudo depende de suas escolhas, e suas escolhas são reflexos do que você é e do que passou, coisa que deus já sabia com antecedência. Então, no final, você não teve escolha e deus já sabia exatamente para onde você iria.
No final das contas, você não tem escolha, ele já decidiu tudo pois sabe de tudo e pode tudo.

Agora pensemos que não seja bem assim. Ele não criou o mal, isso é uma característica humana ou então uma criação do demônio, que por algum motivo desenvolveu um poder acima dos limites de deus. Só nesse momento, já sabemos que deus não criou tudo.
Pensemos agora que as coisas que acontecem, são por puro desejo do ser humano, sem o controle de deus. Deus não é onipotente. Ele não pode evitar a maldade humana.
Agora imagine o fato de que temos escolhas, e deus não tem poder sobre isso, logo não sabe de tudo, não é onisciente.

Agora pense, você que acredita no deus da bíblia, como exatamente é seu deus?

Onipotente, onipresente e onisciente? Por consequência é mau, sádico, indiferente. Não te permite escolhas, você é o que ele fez de você!

E se não for isso acima, então por que chama-lo de deus? O mal acontece sem que ele possa deter. Não criou a tudo, tendo coisas fora de seu controle e desejo.

Nesses pensamentos, encontrei algo de alguém muito superior a mim em pensamento, mas que convergiram para um ponto em comum:

"Se Deus é onipotente, onisciente e benevolente. Então o mal não poderia continuar existindo.
Se for onipotente e onisciente, então tem conhecimento de todo o mal e poder para acabar com ele, ainda assim não o faz. Então Ele não é bom.
Se for onipotente e benevolente, então tem poder para extingir o mal e quer fazê-lo, pois é bom. Mas não o faz, pois não sabe quanto mal existe, e onde o mal está. Então Ele não é onisciente.
Se for onisciente e bom, então sabe de todo o mal que existe e quer mudá-lo. Mas isso elimina a possibilidade de ser onipotente, pois se o fosse erradicava o mal.
E se Ele não for onipotente, onisciente e bom, então porquê chama-lo de Deus?"
-Epicuro

Eu só quero terminar com o seguinte: Seja la como for, se deus existe ou não, ele não é a maior das forças, o bem, o poderoso, o pai celestial, o que quer que seja. Ele é imperfeito, limitado e desconhecido. Se algo criou tudo então não é como "está escrito".

Pensem em relação a isso e transmitam dúvidas. Não é ruim acreditar em algo, só é ruim acreditar sem pensar, sem duvidar.

23 de março de 2011

Estudos (in)úteis

Caros viajantes, já faz um bom tempo que não nos aventuramos por algum pensamento ou devaneio neste ambiente. Pois bem! Vim corrigir esta minha falha e pretendo, a partir de hoje, manter este humilde recanto de ideias em constante movimento! (e como a luz, não precisará de um referencial hahahaha).

Hoje gostaria de dar início a uma provável rotina neste espaço: Estudos (in)úteis.

Vejam este exemplo:


" Mas fique esperto porque, segundo cientistas norte-americanos, a falta de sono pode estimular também um tantinho de malandragem."

O que tem a ver o sono (ou a falta dele) com o seu caráter? Sinceramente, este tipo de estudo não me diz absolutamente nada e prova menos ainda!

Ok, isso pode ser uma opinião minha? Mas é claro!

Mas, pensemos caros leitores... Quantos tipos de estudos, pesquisas, não vemos por aí, que simplesmente usam a ciência em prol de... nada!

"Tomar uma aspirina por dia diminui chance de infarto"..."Livros sobre ética tem mais chances de serem roubados"...

Bom, em outra ocasião comentarei sobre outros mas a pergunta é: Por que, em sã consciência, alguém perde tempo e dinheiro fazendo esse tipo de pesquisa?

Alguns tipos de estudos (eu suponho) devem ser de puro caráter publicitário sem, realmente, ter qualquer método confiável e com o intuito de divulgar uma "boa propaganda" do "objeto".
Algumas pesquisas simplesmente mostrar o "lado bom" descoberto omitindo o "lado ruim" que também fora constatado.

Tá certo, não tenho provas aqui e fatos, mas queria que, quem lesse este texto, tivesse um pouco do meu ceticismo em relação a todos esses "estudos encomendados" e, também, dar início a esse novo tipo de discussão que levantarei aqui semanalmente.

Então, leitores, o que pensam sobre esta pesquisa? Útil? Real? Falsa? Sem conclusões?

E só para finalizar, uma piadinha:

"Foi feita a seguinte hipótese: 'Todos os números ímpares são primos'. Tal hipótese foi alvo de grande discussão e cada profissional de uma área de conhecimento quis provar ou refutar esta hipótese da seguinte forma:

Matemático: 3 é número primo, 5 é número primo, 7 é primo, portanto por dedução todos os números impar inteiros são números primos.

Estatístico: A amostra 5, 13, 37, 41 e 53 contém somente números primos. Portanto todos números impar inteiros são números primos.

Físico: 3 é primo, 5 é primo, 7 é primo, 9 é ... ops... temos um erro experimental, 11 é primo, 13 é primo. Portanto todos números impar inteiros são números primos.

Físico moderno: 3 é primo, 5 é primo, 7 é primo, 9/3 é primo, 11 é primo, 13 é primo, 15/3 é primo,...

Físico quântico: Todos números par e impar são primos até serem submetidos a observação.

Químico: 3 é primo, 5 é primo, 7 é primo... Uau! Vamos publicar?!

Professor: 3 é primo, 5 é primo, 7 é primo, o restante fica como tema de casa para os alunos.

Engenheiro: 3 é primo, 5 é primo, 7 é primo, 9 é..., 9 é..., vamos usar a aproximação de que 9 é primo!

Economista: 2 é primo, 4 é primo, mas na atual conjuntura dos processos de globalização..."